domingo, 26 de dezembro de 2010

Névoas

Nas névoas de mim mesma estou perdida!
Há labirintos tantos! Mil ciladas!
E não encontro rastros, nem pegadas
Daquela a quem, outrora, dei guarida...

Não há retornos que me levem a mim!
Distantes vão os sonhos meus celúreos,
Meus pulcros arrebóis, dos mais purpúreos,
Com seus doces olores de jasmim...

E nessa erma estrada sigo adiante,
Nesta cinérea vida, tão plangente,Na intransponível bruma fria e triste!

Não há na minha vida qualquer chiste
Que alegre meu viver, meu pobre ente
Outrora qual um sol irradiante!

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